Ao chegar em casa, Alex sentia dor, cansaço extremo e foi dormir.
"Na segunda de manhã, lá pelas 7h30, ele não estava respirando mais. Levaram meu pai com oxigênio até o hospital", diz o filho Rodrigo.
Alex ficou em observação e, às 3h30 da terça-feira, morreu. O caso foi informado ao Instituto Nacional de Direitos Humanos (IDNH) do Chile.
"A primeira denúncia foi feita para o IDNH, no mesmo dia em que o 'Ale' deu entrada no hospital, na segunda à noite. E agora está em poder dos advogados", diz Natalia Pérez, ex-mulher de Alex.
Mesmo separados havia quase sete anos, Natalia e Alex tinham boa relação.
"Quando me disseram que os 'carabineiros' tinham batido nele, fui vê-lo. Ele estava todo machucado, mas lúcido, até rimos um pouco", relata sobre os momentos com o pai de seus três filhos.
A região onde vive a família de Alex foi um dos focos dos protestos da última semana. O bairro está próximo a uma das estações do metrô incendiadas e saqueadas —"El Sol".
Natalia conta que, na noite em que Alex foi ferido, "o clima nas ruas estava muito, muito violento".
Após os protestos e as denúncias de excessos policiais, o governo de Sebastián Piñera trocou parte dos ministros, pediu desculpas à população e afirmou que vai colaborar com as investigações. A ONU (Organização das Nações Unidas) enviará uma missão ao país para averiguar os relatos.